Vamos falar de arte

Que apreciar uma obra de Arte tem um valor e é prazeroso, certamente concordamos. Mas reconhecer o valor de cada artista na sociedade, isso já é uma outra conversa. Por isso, aqui temos 6 artistas de Belém para conhecermos melhor, assim como suas Artes. Cada um e cada uma com suas especificidades, seus olhares e suas potências criadoras e transformadoras. Se a máxima dita por aí é verdadeira, de que é preciso conhecer para valorizar, então vamos lá. 

Arte de tudo quanto é jeito, Arte para quem quiser ver, ouvir e fazer. Como a artesania fotográfica de Awazônia, que cola junto de suas colagens surreais. Este menino, que é um poeta visual das urbanidades, tem a voracidade de um artista ávido por experienciar, por se testar e por se lançar no desconhecido.

Da poesia feminina da periferia vem a voz e o corpo de Carol Magno, trazendo muitas vozes junto. E ela, chegada às artes da “palavra” como é, trata de expandir seu fazer artístico para muitas expressões. No teatro vira cancioneira, no audiovisual o poema vira imagem, e assim, a mulher menina escritora vira o que ela quiser.

E lá vem a Laura Sena, com suas crianças e jovens dançando o carimbó, fazendo da cultura popular a base que precisa para transformar. Sons, ritmos, danças, tudo está em sintonia com os sonhos coletivos que essa artista carrega e alimenta no coração do seu bairro. Numa via de mão dupla, a Arte está para a comunidade, assim com esta necessita da Arte para construir dias melhores.

E falando em coletivo, sempre é bom lembrar das conexões que movem a vida. A vida na periferia precisa de ajuntamentos, da tão aclamada coletividade. E é essa a ideia por trás do Núcleo Sociocultural e Ambiental São Joaquim, que soma as forças de diversas pessoas para produzir futuros, seja juntando o que estava no lixo e transformando em instrumento musical, ou juntando artistas para transformarem juntos e juntas os sonhos das crianças do bairro.

Ordep! Ou seria Pedro? Não importa, pois o que nos salta aos olhos é sua Arte nos muros da cidade. O grafite como potência visual que grita aos olhos tudo que a periferia quer falar, que dialoga com a cultura local e faz denúncias, e faz beleza, e faz Arte. Colorir para este artista é um ato de cidadania, é uma postura social e uma constante luta em favor das periferias.

Das artes de rua o Rap é a música que soa por meio dos manos e manas. Samu Periférico é representante legítimo dessa street art em Belém, rimando e mandando mensagens de improviso. Nas batalhas da vida, este jovem artista busca deixar sua marca, busca marcar as pessoas, e sim, busca ser enxergado. Das batidas ritmadas e letras bem traçadas, nascem músicas que são feitas para que a morte não chegue tão cedo para meninos e meninas das quebradas.

Tudo dito até aqui foi só para lhe causar interesse. Abaixo, na galeria, temos as imagens ilustrativas da produção artística deles e delas. Continue acompanhando as publicações desse webdocumentário, curta e compartilhe para mais pessoas chegarem junto nessa rede de conexões artísticas e cidadãs.

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