O Centro Artístico Cultural Belém Amazônia – ONG Rádio Margarida é uma organização não governamental, sem finalidade de lucro, de utilidade pública municipal, estadual e federal, instituída sob a forma de Associação Civil, que conta com personalidade jurídica própria, desde 1992, com sede na cidade de Belém (PA), mas com atuação no Estado do Pará, região Norte e outras regiões do país.

Missão

Produzir e irradiar arte, cultura e educação popular, fortalecendo a conscientização para melhoria da qualidade de vida socioambiental, na Amazônia, no Brasil e no mundo.

Visão

Ser reconhecido no Brasil como uma fonte artístico-cultural em produção de tecnologia social com alcance e interação em ambientes multiplataforma.

Atuação

Nos seus mais de 30 anos de existência, a ONG Rádio Margarida trabalha em diversas áreas de atuação: educação popular, direitos humanos e cidadania, direitos da criança e do adolescente, saúde, arte e educação, cultura, meio ambiente, educação ambiental, educação a distância, capacitação em conteúdos temáticos, linguagens artísticas e meios de comunicação social.

Nossa História

 

Antes de ser Margaridinha, foi Mondrongo

Uma entidade religiosa da Alemanha, chamada Igreja em Dificuldade (Kirch Inot), ajudava associações religiosas de vários países. Em 1972, ela conseguiu, do exército suíço, uma frota de caminhões e três ônibus, que estavam parados desde o término da Segunda Guerra Mundial, e os enviou a igrejas na Amazônia. Entre os ônibus, estava o Mondrongo, antigo apelido daquele que hoje chamamos de Margaridinha. O ônibus pertencia à República do Pequeno Vendedor (atual República de Emaús) e, antes de ficar inativo, serviu, durante anos, de meio de transporte a muitos meninos e meninas em situação de rua. Nele, as crianças e adolescentes eram levados para almoçar e para momentos de lazer, como passeios nas ilhas de Mosqueiro e Outeiro.



O Grande Encontro

Com o farol baixo e para-choque duro, o velho ônibus amarelo estava esquecido dentro da antiga República do Pequeno Vendedor, no bairro da Cremação. Até ser encontrado, em maio de 1991, pelo Assistente Social Osmar Pancera. Desde aquele momento, depois de uma breve piscada de faróis, o abandonado veículo teria um rumo diferente: era nele que surgiria, dois meses depois, o projeto Rádio Margarida.

Assistente Social e fundador da ONG, o professor Dr. Osmar Pancera chegou na capital paraense em 1º de maio de 1983, e logo ficou encantado com a riqueza cultural do Estado do Pará. Paulista, Osmar escolheu a cidade de Belém para morar e, há tempos, desejava ampliar a sua atuação na área cultural, querendo ir além da pesquisa acadêmica. Seu grande desejo era levar, a comunidades que não tinham nenhum acesso à educação e cultura, diversas manifestações artísticas, como a música, o teatro e o cinema, que se concentravam apenas no centro da cidade.

 Registro da 1ª saída da Rádio Margarida, rumo à Ilha de Mosqueiro

No momento em que encontrou o ônibus, Osmar descobriu como poderia realizar esse sonho! Foi amor ao primeiro olhar: de um lado, os faróis tristes do veículo parado há cerca de dois anos, e do outro, olhos brilhantes que viam no ônibus uma maneira de ir até onde o povo estava, levando arte, educação, saúde, intercâmbio cultural, alegria, música, comunicação participativa, direitos humanos e cidadania.

Após dois meses de restauro, em 20 de julho de 1991, o ônibus, batizado de Rádio Margarida, teve sua primeira aparição pública.

Rádio = irradiação da arte, educação e cultura
Margarida = singela homenagem a mãe do idealizador

A missão desse dia era chegar até a ilha de Mosqueiro para realizar, a convite da Prefeitura de Belém, o evento intitulado Rádio de Ilha. Com arte-educadores, locutores, jornalistas, poetas, palhaços, bonecos de manipulação, fonte sonora com oito projetores de som e um toca-fitas com microfones, o ônibus saiu rumo à ilha de Mosqueiro, veiculando informações educativas, spots pré-gravados e músicas soltas no ar. Na janela do ônibus, as apresentações de teatro de bonecos e as duas bandeiras, uma azul e a outra amarela, proporcionavam encantamento, admiração e alegria aos motoristas, pedestres, banhistas e moradores da ilha.

Assim, a primeira missão da Rádio Margarida estava cumprida! E, de lá para cá, as atividades não pararam mais. A Rádio foi à ilha, e daí para o mundo, ganhando reconhecimento nacional e internacional.

Passado mais de um ano da primeira apresentação, os amigos e outras pessoas de bem com a vida se reuniram para, em 18 de novembro de 1992, criar a organização não governamental denominada de Centro Artístico Cultural Belém Amazônia (nome jurídico da Rádio Margarida).

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